Seguidores

domingo, 14 de abril de 2013

Apenas amigos

Você veio. Tinham poucas luzes acesas na sala. Sentamos no sofá e conversamos  por alguns minutos; acho que falar não  é nosso ponto forte - pelo menos não quando estamos um perto do outro- você me olhou, penetrou minha alma a partir dos olhos, colou as mãos no meu rosto frio, arrepiou-o afagando-o com os dedos. Depois me beijou. Beijo doce, fresco; cravei meus dentes em seus lábios aveludados, e enterrei meus dedos curtos nos seus cabelos negros e aconchegantes. Sua barba estava começando a crescer, e roçava no meu rosto delicado.
Suas pernas eram fortes, e dominavam as minhas pequenas e curtas pernas, que não tinha sucesso nenhum em fugir de você. E eu dava risada da situação; não me importava de ficar imobilizada.
A única coisa que me restou naquela noite negra e fria, foram os suspiros dos seus beijo infinitos, da sua barba, dos seus lábios, dos seus dedos gentis enroscados no meu cabelo e na minha cintura.
E eu poderia ficar aqui escrevendo e descrevendo até amanhã tudo que me vem na cabeça, mas prefiro deixar esquecido, como um breve sonho.