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sábado, 20 de abril de 2013

Pequenas coisas

Quer me fazer sorrir, mesmo não estando lá para ver?
quer que eu pense várias vezes todos os dias em você?
quer que eu sinta borboletas farreando na minha barriga?
me mande flores, eu  gosto de flores.

Rosas, brancas, vermelhas, amarelas,
desde que sejam flores.
dimples, rústicas, pequenas, enormes,
me dê flores.

Não importa a hora, o dia, o lugar,
me mande flores,
com um pequeno cartão,
dizendo o seu nome.

domingo, 14 de abril de 2013

Apenas amigos

Você veio. Tinham poucas luzes acesas na sala. Sentamos no sofá e conversamos  por alguns minutos; acho que falar não  é nosso ponto forte - pelo menos não quando estamos um perto do outro- você me olhou, penetrou minha alma a partir dos olhos, colou as mãos no meu rosto frio, arrepiou-o afagando-o com os dedos. Depois me beijou. Beijo doce, fresco; cravei meus dentes em seus lábios aveludados, e enterrei meus dedos curtos nos seus cabelos negros e aconchegantes. Sua barba estava começando a crescer, e roçava no meu rosto delicado.
Suas pernas eram fortes, e dominavam as minhas pequenas e curtas pernas, que não tinha sucesso nenhum em fugir de você. E eu dava risada da situação; não me importava de ficar imobilizada.
A única coisa que me restou naquela noite negra e fria, foram os suspiros dos seus beijo infinitos, da sua barba, dos seus lábios, dos seus dedos gentis enroscados no meu cabelo e na minha cintura.
E eu poderia ficar aqui escrevendo e descrevendo até amanhã tudo que me vem na cabeça, mas prefiro deixar esquecido, como um breve sonho.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Já é tarde

Já é tarde. Estou cansada. Com os olhos pesados, as costas curvadas, os dedos arrastandos pelo teclado. Estou ouvindo música, e já não sei mais se ela é triste ou feliz. Está no último volume, assim que é bom.
Está tarde, estou cansada, mas, meu peito está aberto. Meu coração está ferido. Minhas costas estão curvadas diante da dor. Meus olhos borrados do rímel, minhas lágrimas...negras. Boca seca. Álito doce. Dedos confusos. Pêlos arrepiados. E a música continua tocando, sem parar, até que meu cérebro canse dela, até que a noite canse dela, até que minha dor pare.
Janela meio aberta. Céu negro. Silêncio. Todos dormindo. E eu ouvindo a música, com os monstros que estavam preso,s saindo de dentro de mim pra fazer festa, e dançar ao meu redor. Depois eles voltam que eu sei. Nem ligo.
Já é tarde, estou cansada, mas a melodia da música me envolve, me fazendo esquecer que tenho que dormir pra acordar e viver o amanhã! Minhas costas estão cada vez mais curvadas. Minha pele, arrepiada pelo vento manso que passa pela pequena abertura da janela, esbarra na cortina leve, e encosta na minha pele desprotegida. Brisa mansa. Brisa doce. Brisa leve. Daquelas que batem, arrepia, e emociona.
Já está tarde. Preciso lavar o rosto, apagar o borrão que os envolve, fazendo-me parecer uma moça de rua, abandonada. Preciso manter a postura. Acalmar meus dedos escorregadios. Me enrolar do cobertor pra me proteger da brisa fria. Preciso dormir.