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sábado, 2 de novembro de 2013

Eu poderia

Eu poderia admitir tudo o que estou sentindo agora, nesse exato momento, desde o dia que você resolveu fazer " as malas" e partir. Te sinto longe, na verdade nem sinto mais. Pra falar a verdade, queria te sentir perto, mas já nem posso mais.
Eu poderia admitir o pouco que vivemos e que na verdade pareceu anos; aquele jantar de vários sorrisos espontâneos, de olhares bem profundos, de risadas aconchegantes, de  palavras aveludadas, de metrôs sanfonas, de fotos amáveis e de brincadeiras infantis. Mas prefiro não lembrar, não mais.
Eu poderia admitir o quão me sinto confusa com a sua ausência, o quão você deixou meu coração com um ponto de interrogação gigante, conflitando minha mente numa pergunta sem resposta. Mas prefiro dizer que esta tudo bem, e que você foi ali e já volta para voltarmos a dormir de sábado para domingo, perto, respirando e se sentindo perto.
Eu poderia admitir como eu te encontraria em qualquer lugar agora,mesmo que longe, pra eu poder apertar sua camisa engraçada que eu  tanto gostava e sentir seu próprio cheiro, de você mesmo. Mas prefiro fingir que essa camisa rasgou e que você mudou de perfume.
Eu poderia admitir tantas coisas, mas prefiro deixar para amanhã, que ai, já vou ter me esquecido de tudo... caso contrario, continuarei mentindo.

sábado, 7 de setembro de 2013

Pertin pertin

Ele chegou assim
pertin pertin
orelhinha com orelhinha
narizin com narizin
pertin pertin

Enrrolou...enrrolou
me fazendo dar um “sorrizin”
chegou mais pertin
cochichou no meu ouvidin
e e me arrancou um carin


sábado, 3 de agosto de 2013

(RE)PENSANDO

Muitos dos meus sentimentos e pensamentos, mofaram junto ao meu blog. Eu estava (tentando), procurando algumas respostas para tais perguntas, que muito habitavam a grande parte da minha mente.
De uns tempos pra cá senti muita coisa, de verdade. Me senti um verdadeiro "soluto", sendo dissolvido em meio aos meus sentimentos.Tive muitas surpresas, muita alegria, muita lágrima rolando, muito abraço, muito tapa na cara, muito problema sem resolução (tipo esses de matemática, que eu particularmente nunca consegui resolver nada)... e entre outras coisas, dessas que a vida apresenta pra gente, cada dia com uma cara e uma surpresa diferente.
E não sei se sou a única pessoa, que com mesmo tantas coisas rolando, não consigo me desprender de dentro de mim. De sair dessa caixa que  tem dentro de mim. Ás vezes penso que não fui "projetada" para viver. Como se tivesse dado um pane no sistema, e que mesmo depois de muitos concertos, esse pane voltava a acontecer constantemente, dando "tiuti" sempre.
E eu queria escrever mais, mais, mais e mais, até poder criar calos nos dedos (se possível), mas está na hora de eu me esconder novamente...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Procura-se Rodrigo

Foi em uma festa de 15 anos (da minha melhor amiga), em que vi e conheci Rodrigo. Na verdade só o vi. Não falei diretamente com ele. Sei que no dia seguinte fui atrás, procurei em tudo que era canto. Era a época do orkut, uma beleza para achar alguém! Sei que achei todos que estavam na festa, menos o bendito do Rodrigo. Até que tive a maravilhosa ideia ( que não sei como não pensei antes), em pedir para minha amiga o orkut dele; e ela me passou, der.
Eu adicionei ele no orkut e no msn tambem ( MSN GENTE!), e logo ele me aceitou nos dois. Lembro do tanto que a gente conversava, parecia que nos conhecíamos a uns 10 anos ou mais. Ela era muito engraçado, não existiu uma vez em que eu falei com ele que eu não desse uma risada ou um sorriso desprevinido.
 Ele também fumava, e sempre que nós conversávamos ele dizia que iria parar, que já estava tentando inclusive, mas sempre que eu o via, ele estava com um maço de cigarros, ai ele me olhava e dizia: " Tô quase parando". Eu olhava para ele tentando incentivá-lo e fingindo que acreditava nele! Um dia ele brigou comigo porque eu peguei um maço do bolso dele, novinho, em que ele apenas tinha fumado um cigarro, peguei-o, joguei todos os cigarros numa poça de água e pisei em cima de todos, até virarem pó. Pensei que o Rodrigo ia me matar! Mas ele apenas ficou sem falar comigo 20 minutos! Ufa.
O Rodrigo (como qualquer bom amigo de verdade), tinha um poder impressionante de saber quando eu estava triste. Ele sempre me ligava quando eu estava no trabalho, e pelo OI da minha voz quase sumindo ele já dizia: " O que você tem?". Eu dizia que não era nada. Então ele aceitava, desligava o telefone e depois de algumas horas ele já estava na porta do meu trabalho, com cara de bobo, com o meu salgadinho preferido em uma das mãos, e fumando um cigarro, claro! E então ele passava o dia inteirinho comigo, contando as piadas mais idiotas que eu já ouvi, falando de como todos meus amigos eram feios, dizendo também que eu era linda chorando, brava, triste, feliz, enfim, de qualquer jeito. Ele sempre dava um jeito de me fazer rir, e sempre conseguia!

Depois de um tempo, o Rodrigo encontrou outra garota para fazer rir também. E com ela a coisa ficou mais séria, e eu, perdi a graça. Até briguei com ele, mas sempre me arrependia. Cada briga com ele, era uma alfinetada no meu coração! Então, eu sempre pedia desculpas.
Até que então, teve um dia que o Rodrigo sumiu, assim como o álcool some quando se mistura na água, que você não vê de jeito nenhum. Sumiu como o vento que quando bagunça o nosso cabelo, a gente nem vê. Desapareceu assim como desaparece uma criança quando vai fazer compras com a mãe no supermercado. Num piscar de olhos o Rodrigo evaporou da minha vida.
A única coisa que eu lembro dele agora, é da caixa postal que dá quando tento ligar no número de celular dele, das mensagens não respondidas, do face bloqueado, do sorriso dele apagado da minha memória.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Longe de vós

Mil coisas se passam pela minha cabeça. Sei que quero tentar descobrir/decidir/entender alguma coisa, mas não consigo chegar a nenhuma conclusão. Meus pensamentos andam em círculo, todos na mesma sintonia, sem começo e sem fim, correndo pelo espaço que tem dentro da minha cabeça.
Gostaria de tentar algo novo. Algo que realmente pudesse me fazer chegar a alguma conclusão ou alguma coisa concreta, algo que fosse além de um pensamento meu, que ficasse restrito no meu subconsciente. Pensei até em comprar uma casinha em marte. Sem computador, bichos, pessoas, memórias de convívios estúpidos do passado... Essas coisas só me atrapalhariam, e estragariam minha busca interminável.
Lá eu poderia gritar atrás de todas as respostas que quero, sem parecer uma idiota inconsequente; sem precisar me importar com os olhares fuzilantes das pessoas atravessando minh'alma; sem medo de derramar minhas lágrimas; sem me preocupar com o que sentir sobre tudo; respirar e suspirar a cada piscar rápido que meus olhos dariam, assim como as asas de um pássaro livre.

domingo, 26 de maio de 2013

Bye bye, amor

Eu me apaixono todos os dias, o dia inteiro. No mêtro, no ônibus, na fila do mercado, na fila do banco, na rua, na chuva, no sol, no ponto, no bar. Mas uma hora, tudo acaba. O mêtro e o ônibus chegam no destino em que estou indo,  a fila do mercado e do banco andam, na rua só o que se tem são os olhares e as pernas correndo contra o tempo, na chuva a gente corre pra não se molhar, no sol a gente esconde o olhar de baixo de um óculos de barraca, no ponto as pessoas cansam de esperar o ônibus e resolvem ir andando, no bar a gente se apaixona pela nossa garrafa gelada de cerveja, a loucura vem, e no dia seguinte você nem lembra de nada.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ele e Ela

Ele era sozinho. Achava que não tinha valores em meio a sociedade; achava que ninguém o via; se achava transparente, até em frente ao espelho. Pensava que a vida não tinha graça, que viver sozinho era uma merda, e viver com alguém... Bom, ele não sabia o que era ter alguém.
Até que um dia, na faculdade, em uma aula de literatura onde só ele se interessava em participar, conheceu Ela, que por sinal também gostava das aulas de literatura.
Algum tempo depois os dois já estavam como Jane June e Jonnhy Cash. Ele achava que Ela tinha mostrado para ele o lado bom da vida. Agora Ele não se sentia só, sentia o cheiro das flores nos jardins, sorria para as pessoas na rua que também sorriam para ele, tomava banho de chuva sem medo de se molhar... Amava tudo aquilo, e amava Ela, pelo menos achava que amava. Todas as tardes ia à casa dela, e os dois ficavam horas e horas, conversando sobre tudo que existia no mundo. Ele só ia embora, quando a mãe dela chamava ela para entrar para o jantar. E no caminho para casa, Ele caminhava suspirando, rodeado de graça.
Em um sábado frio, iria ter o baile da faculdade, e Ele não pensou duas vezes em chamar Ela para ser seu par. E Ela aceitou.
Chegou o tão esperado baile. Ele se arrumou como nunca tivera se arrumado antes. Fez a barba, colocou seu melhor trage e passou seu melhor perfume, e partiu para buscar seu par. No caminho viu em um jardim lindas rosas, parou e apanhou umas 5, pegou um cordãozinho que tinha no bolso e amarrou-as, formando um buquê. Ele sabia que Ela gostava muito de flores.
Chegando a casa dela, deu uma ultima passada de mão em um fio de seu cabelo que estava eriçado, e deu duas batidas ansiosas em sua porta. Quem abriu a porta, foi Ela. Quando Ele a viu, esqueceu de respirar, esqueceu do mundo que girava, esqueceu do tempo, esqueceu de si mesmo; só conseguia enxergar Ela, que parecia um anjo. Um vestido até o joelho, rodado, branco com pérolas pequenas em algumas partes do vestido; estava com o rosto claro, uma maquiagem que só revelava mais ainda seus traços de boneca. O cabelo solto sobre os ombros, com um cheiro doce, embriagável. Ela ficou olhando para Ele, esperando que dissesse algo. Até que ela deu uma risadinha baixa, envergonhada, e Ele acordou, com mais vergonha do que Ela. Estendeu as flores, e sorriu. Ela pegou-as das mãos dele e sorrio gentilmente de volta para Ele; saiu e voltou logo em seguida com um casaquinho na mão.
Os dois foram caminhando até o baile, comentando como a noite estava linda. E logo chegaram. O lugar estava cheio, vários casais dançando juntos, parecia que ninguém se importava se estivesse caindo o mundo do lado de fora. Logo Ele e Ela, quiseram se juntar ao pessoal.
E os dois dançaram, dançaram até não aguentarem mais, trocaram olhares, abraços, sorrisos em meio a dois pra lá e dois pra cá da valsa final.
Quando o baile acabou, Ele pegou o casaquinho dela e colocou em volta de seu ombro, para mantê-la aquecida. No caminho de volta, foram elogiando a lua e os passinhos de dança, e riam da doce recordação. Chegando na casa de Ela, Ele segurou sua mão, e deu um breve beijo na mesma, desejando-lhe uma boa noite.
No caminho de volta para casa, Ele voltava com um  sorriso estampado no rosto, e tinha certeza absoluta do quanto amava Ela. E bem ali, na rua fria, olhando para a lua, Ele decidiu se casar com Ela. Mas pensou em fazer uma surpresa a Ela. Fingiria que não estava mais a sua mercê, iria a ignorar por alguns dias, para que a surpresa fosse formidável!

Os dias se passaram, na verdade para Ele se arrastaram. Ele acordou cedo, e de novo se arrumou, já havia comprado as alianças para Ela, as mais lindas que haviam na loja. Colocou as alianças no bolso  e caminhou até sua casa, mais ansioso do que nunca. Chegando, parou em frente a porta, passou a mão pelos fios eriçados de seu cabelo, e deu duas batidas ansiosas na porta. E nada. Deu mais duas, um pouco mais forte. E nada. Esperou um pouco até que ouviu alguns passos em direção a porta e seu coração disparou. A porta se abriu, e Ele esperava que Ela fosse abrir, mas teve uma surpresa. Um homem, alto, bonito, apresentável quem abriu a porta. Ele fez uima cara de desentendido e pensou: " Ela não tinha me contado que tinha irmão". Alguns segundos depois, Ela apareceu atrás do homem e olhou surpresa para ele. Convidou para entrar e apresentou os dois dizendo: " Esse é Ele. Ele, esse é meu marido".
As palavra de Ela não paravam de se repetir na cabeça dele, como um disco riscado, e novamente Ele esqueceu de respirar, suas pernas ficaram bambas, seus olhos  entristeceram, e ele sorriu, fingido, e cumprimentou o outro homem que estava na sua frente beijando os cabelos doces de sua amada, e ele não podia fazer nada.
Depois de algumas horas com os dois, Ele foi embora, fingindo estar feliz com a surpresa que recebera. Despediu-se dos dois, e partiu.
No caminho de volta, a única coisa que se via, era as lágrima escorrendo pelo rosto dele, as lágrimas frias e amargas. Ele estava novamente sozinho. Ele se perguntava por que? Por que Ela tinha feito aquilo com ele? Por que não o esperou? Ele a amava tanto. Por que?
Ele continuava indo a casa de Ela, visitando o casal. Um dia Ele comentou com o homem que gostaria de uma de suas espingardas emprestada, pois ele ia fazer uma viagem, para caçar. O homem disse a Ela que pegasse uma de suas armas e entregasse a Ele. Ela tinha um perfume doce no corpo, onde qualquer coisa que tocasse, empreguinava-se com seu cheiro. Quando Ela entregou a arma, Ele agradeceu, e voltou para casa, sozinho.
Chegando em casa, Ele pegou a arma e sentiu o aroma do perfuma de Ela, e cheirou o couro da arma, em prantos, com a alma vazia de tanta solidão, e sabia que não conseguiria mais viver com aquilo guardado em seu peito.

Alguns minutos depois, os vizinhos de Ele ouviram disparos, e foram atrás do que podia ser, e perceberam que os disparos vinham da casa de Ele. Correram até lá, entraram e encontraram o corpo de Ele, jogado no chão, frio e sozinho; com um par de alianças jogadas no chão e uma carta perto de seu corpo. Uma pessoa pegou a carta. E nela, Ele havia escrito que não poderia viver sem Ela, e que ela havia o feito passar pela maior frustração de sua vida, e que sem Ela, Ele não poderia ser mais nada, além de uma caixa vazia, com apenas ossos chacoalhando por ai.

sábado, 18 de maio de 2013

Passado

Está frio. Na verdade congelando. Sabe quando chega a um ponto em que você não sente mais a ponta do seu nariz e os dedos do pé, mesmo estando de meia? pois é, eu tô sentindo tudo isso ao mesmo tempo. Devo estar sentindo tudo isso, exatamente porque a janela do meu quarto esta escancarada, passando por ela um vento gelado, aqueles cortantes, que quando toca na nossa pele arrepia, pelo por pelo; extremidade por extremidade. Eu gosto, não sei explicar, apenas gosto. Sabe quando você gosta de alguma coisa, mas não sabe explicar? Você até tenta, mas acaba se confundindo, atropelando todas as palavras que tentam escapar de dentro da sua boca. É assim mesmo.
Eu gosto dessas noites frias, porque normalmente, nelas que eu penso em várias coisas. Qualquer coisa mesmo; meu pensamento se liberta de uma forma inexplicavel, as formas, cores, palavras e sentidos fogem de mim, e ilustram meu quarto e a minha noite.
Hoje me peguei pensando em como as coisas passam rápido ( a cada segundo, minuto e hora do nosso dia). Disso posso dizer que eu não gosto. TUDO passa, literalmente. Um sorriso passa, um abraço passa, um olhar passa, um pensamento passa, um momento passa, a VIDA passa... E fica tudo lá atrás, no pretérito perfeito do indicativo.
Porque tanta pressa vida? Por que não ser mais devagar? Por que não dar mais gostinhos gostosos a cada coisa que vemos e sentimos? Por que? Eu não sei. E também não gostaria de saber, vai que a resposta me quebrasse ao meio? Sem dó, nem piedade.
E então você deve estar se perguntando agora em qual conclusão eu cheguei sobre isso. E sinceramente? Nenhuma. E se eu fosse explicar, iria me embaralhar, digitar e apagar, digitar e apagar; e nada nunca seria concreto. Essas coisas da vida, são assim mesmo. Passadas. A única coisa que nos resta, é senti-las como o vento gelado e cortante que esta passando brutamente pela minha janela e se arrastando pelo meu rosto.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Tudo vai mudar (?)

Não é um dia comum. Não é uma data comum. Não é qualquer coisa. Tem um grande significado, pelo menos pra mim. Não precisa ser pra mais ninguém, só eu me importo com o dia de hoje, com as decisões que serão tomadas hoje, com as coisas que vão mudar hoje, com a "liberdade" de hoje.
Acho que quando chega essa idade (18), para qualquer pessoa,  ela sente a mesma coisa que eu estou sentindo. Calma, na verdade ainda não estou sentindo taaaaaaantas coisas (só me deliciando com os parabéns, que eu adoro), mas sei que muuuita coisa ainda estar por vir. E que delicia!
Que venham muitas alegrias, muitos sorrisos, muitos abraços, muitos olhares, muitos amores, muitas emoções, muitas merdas, muitas caídas, muitas levantadas, muitas pessoas, muitos choros, muito TUDO!
Quero desejar à mim mesma, tudo isso e mais um pouco. Que a vida me surpreenda mais e mais a cada dia, a cada hora/minuto/segundo e a cada aniversário. Que muita merda aconteça (porque merda da sorte). Que eu cresça. Que eu viva. Que eu sonhe. Que eu realize.

sábado, 4 de maio de 2013

É sempre assim. Mais ou menos nesse horário, com a mesma música que meus pensamentos se soltam. "Penso, logo existo". Até que faz um grande sentido essa frase. Sempre ( nesse horário), que começo a pensar nas coisas ( de ontem, de hoje e no possível amanhã), eu sinto várias coisas, boas e ruins. Mas não sei sabe? Se tudo isso vale a pena. Parar ( a essa hora), para pensar em tantas coisas.
As vezes sinto um friozinho na barriga, meus dedos gelam, minhas costas ficam tensas, meus olhos ficam cheios e borrados, minha boca, seca. Será que pensar em tanta coisa assim, sentir tanta coisa de uma vez, me ajuda em alguma coisa? Até que sim, em partes, claro. Na vida tudo é em partes. Tem as partes boas, e a ruins, sempre.
Por exemplo, agora não sei se estou em uma fase boa ou ruim. 18 anos chegando, e já sei que quase nada vai mudar ( só vou poder comprar cerveja sem me preocupar de mostrar o RG), e não sei se algo TEM que mudar, se eu TENHO que fazer algo mudar,se eu ESPERO tudo mudar ou se eu simplesmente levanto as mãos para o céu, e me atreva a querer não ver NADA.
É assim mesmo, eu acho. Essa(s) fase(s). A que foi ontem, a que tenho hoje e a que será amanhã.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Merda

Foi em um sábado que eu acordei me sentindo uma merda ( e com muita dor no ombro), que eu tive que levantar da cama mesmo assim para encarar mais um dia. Acordei sem brilho, levantei sem brilho, escovei os dentes sem brilho, sorri sem brilho, falei sem brilho e outras coisas mais... sem brilho.
27/04, último sábado do mês, ou seja, dia de sarau. No caminho até a escola, fui em silêncio. Sabe quando você não esta a fim de abrir a boca? Poisé. Tentei falar com os olhos. Se alguém pegasse algo que eu tivesse deixado cair no chão, agradeceria com um olhar bondoso, se alguém me desse licença, agradeceria com um sorriso meia boca.Enfim, assim foi meu trajeto até a escola, falando com olhares.
 Chegando lá, avistei o resto do pessoal e sorri para eles, e percebi que eu não estava na merda sozinha, que alguns deles também estavam na merda, e sem brilho. Antes do sarau haveria um aquecimento na oficina de teatro. E eu com aquele ânimo todo, com aquela dor toda...
Sentamos todos em círculo, eu, o resto dos alunos e os dois professores ( Rô e Rê). O Rô (Rodrigo), queria trocar uma idéia com a gente sobre o sarau da biblioteca, e parecia importante. Então ele começou a falar. Acho que ali eu vi outro lado do Rodrigo. Vi um Rodrigo que se importa com as pessoas, que quer sempre alcançar o melhor, que quer que todo mundo BRILHE o máximo possível! Fiquei encantanda. Cada palavra, cada gesto que ele fez, entrou pelos meus ouvidos, foi processado em minha mente e me arrepiou dos pés a cabeça. E vi que não estava sozinha nessa também! Todos ficaram encantados com a força e a energia que estávamos recebendo. Quando cheguei à escola, minha pequena estrela estava apagada, sem brilho, sem graça. E depois de ouvir tudo que o Rô havia falado, ela reacendeu, soltou umas faisquinhas e então,me senti acesa como um fogo de artifício.
Depois de algum tempo, começou a pequena correria para arrumar as coisa do sarau. Bom, até que não foi tão corrido, o pessoal estava bem animado e todos ansiosos para começar logo, até eu rs. Como se tudo ainda não estivesse bom, tivemos uma surpresa. Um menininho ( ele deve ter uns 11 anos), chamado Wesley, apareceu lá enquanto arrumávamos, e disse que queria fazer parte do sarau. Eu achei aquilo tão lindo, tão puro. Era nítido como ele queria estar ali perto de todo mundo, ajudando no que fosse possível. E obviamente ele entrou no grupo. Ajudou bastante, qualquer coisinha ele vinha e falava " deixa que eu te ajudo", sorria e seus olhos brilhavam, do tamanho da lua. Dava vontade de pegar ele no colo, cantar e dizer o quanto ele é especial sabe? Um encanto!Enfim o sarau estava pronto. E meio vazio. E dentro da minha cabeça eu torcia " enche, enche, enche! ". Dito e feito. Depois do nosso cortejo, pareceu que tinha mais gente. Estava lindo daquele jeito mesmo, sem tirar nem por. As pessoas estavam felizes, sorridentes, com sede de recitar, cantar, etc. Aquele palco estava parecendo na verdade, uma constelação, com uma energia fora do normal de tão bom, estava incrível! Por mim eu não saia mais de lá.
Tivemos a apresentação da Rapper Bê O, que inclusive, é foda! Uma voz maravilhosa, uma música maravilhosa e representou muito bem o rap brasileiro! Eu amei o pocket show dela! E no finalzinho tívemos a presença do escritor Ferréz. O cara é demaaaaaaaais. Ficaria horas ali sentada ouvindo as histórias dele, foda!
E então a noite foi caindo, a lua foi iluminando parte do pátio da escola, e realmente parecia que as pessoas não queriam ir embora ( quer coisa melhor?). Com certeza esse sarau foi um dos melhores, a energia entre as pessoas estava muito boa e envolvente, por mim faria tudo de novo; da parte em que eu acordei uma merda ( acho que essa merda me trouxe muita sorte mesmo), até a parte em que eu, e todo mundo, brilhamou sem medo de ser feliz e sem hora para apagar o brilho do olhar e da vida!

Um por todos, e todos por um! Merrrrrrrrrrda pá nóis!


  

sábado, 20 de abril de 2013

Pequenas coisas

Quer me fazer sorrir, mesmo não estando lá para ver?
quer que eu pense várias vezes todos os dias em você?
quer que eu sinta borboletas farreando na minha barriga?
me mande flores, eu  gosto de flores.

Rosas, brancas, vermelhas, amarelas,
desde que sejam flores.
dimples, rústicas, pequenas, enormes,
me dê flores.

Não importa a hora, o dia, o lugar,
me mande flores,
com um pequeno cartão,
dizendo o seu nome.

domingo, 14 de abril de 2013

Apenas amigos

Você veio. Tinham poucas luzes acesas na sala. Sentamos no sofá e conversamos  por alguns minutos; acho que falar não  é nosso ponto forte - pelo menos não quando estamos um perto do outro- você me olhou, penetrou minha alma a partir dos olhos, colou as mãos no meu rosto frio, arrepiou-o afagando-o com os dedos. Depois me beijou. Beijo doce, fresco; cravei meus dentes em seus lábios aveludados, e enterrei meus dedos curtos nos seus cabelos negros e aconchegantes. Sua barba estava começando a crescer, e roçava no meu rosto delicado.
Suas pernas eram fortes, e dominavam as minhas pequenas e curtas pernas, que não tinha sucesso nenhum em fugir de você. E eu dava risada da situação; não me importava de ficar imobilizada.
A única coisa que me restou naquela noite negra e fria, foram os suspiros dos seus beijo infinitos, da sua barba, dos seus lábios, dos seus dedos gentis enroscados no meu cabelo e na minha cintura.
E eu poderia ficar aqui escrevendo e descrevendo até amanhã tudo que me vem na cabeça, mas prefiro deixar esquecido, como um breve sonho.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Já é tarde

Já é tarde. Estou cansada. Com os olhos pesados, as costas curvadas, os dedos arrastandos pelo teclado. Estou ouvindo música, e já não sei mais se ela é triste ou feliz. Está no último volume, assim que é bom.
Está tarde, estou cansada, mas, meu peito está aberto. Meu coração está ferido. Minhas costas estão curvadas diante da dor. Meus olhos borrados do rímel, minhas lágrimas...negras. Boca seca. Álito doce. Dedos confusos. Pêlos arrepiados. E a música continua tocando, sem parar, até que meu cérebro canse dela, até que a noite canse dela, até que minha dor pare.
Janela meio aberta. Céu negro. Silêncio. Todos dormindo. E eu ouvindo a música, com os monstros que estavam preso,s saindo de dentro de mim pra fazer festa, e dançar ao meu redor. Depois eles voltam que eu sei. Nem ligo.
Já é tarde, estou cansada, mas a melodia da música me envolve, me fazendo esquecer que tenho que dormir pra acordar e viver o amanhã! Minhas costas estão cada vez mais curvadas. Minha pele, arrepiada pelo vento manso que passa pela pequena abertura da janela, esbarra na cortina leve, e encosta na minha pele desprotegida. Brisa mansa. Brisa doce. Brisa leve. Daquelas que batem, arrepia, e emociona.
Já está tarde. Preciso lavar o rosto, apagar o borrão que os envolve, fazendo-me parecer uma moça de rua, abandonada. Preciso manter a postura. Acalmar meus dedos escorregadios. Me enrolar do cobertor pra me proteger da brisa fria. Preciso dormir.

terça-feira, 12 de março de 2013

20(13)- Loko é poco!

Veio pra alopra. Pra dar medo na gente. Pra fazer a gente perder o sono. Pra gente chorar. Pra genter ter medo da gente e das gentes. Pra gente ter medo do amanhã. Pra gente ter medo da vida.
Só coisa ruim. Tragédia, morte, corrupção, mentiras, vergonha, putaria, e dai pra pior.
A gente tenta dormir, já com medo do que será amanhã; isso já ta virando (a)normal.
Corre, se esconde, pega, manda subir pra não voltar mais. Medo. Chega arrepia. Não dá pra andar na rua sem olhar para trás. Sem medo de olhar a estrela lá longe. Num dá.
Portas arrombadas. Nossas coisas reviradas. Nossas casas não são mais SÓ nossas casas. Triste.
20(13) virou um BBB ( Big Brother Brasil), só que do medo. Da mentira camuflada. Da ignorância cotidiana. Todo mundo vê tudo, sabe de tudo, e nunca ninguém faz nada.
O próximo eliminado? Aquele que roubou alguma coisa pra comer; O líder? Aquele que tem todo nosso dinheiro enfiado na cueca, grande irmão; O anjo? Subiu faz tempo.
Só vô te falar uma coisa: 2013, tá 13!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Só um desabafo

Não sei. Bem útil essa pequena frase, com apenas três vogais e duas consoantes. Própria para aqueles mal resolvidos, confusos, inseguros de si, tolos... Faço parte desse grupo; na verdade família. Talvez, sei lá, não sei, ACHO que não sei; estão ali, lado a lado, fazendo e não fazendo sentido.
Quem foi o tolo, inseguro de si que inventou isso? Sei lá. Acho que fomos nós mesmos, no nosso dia a dia muitas vezes chato, talvez. Essa frase agora vive no meu inconsciente, me atormentando em tudo que penso, droga!
Tô naquela fase sabe, de a gente pensar em muita coisa e de não saber de nada, chegar em pouquíssimas conclusões; é atordoante, torturante, sufocante, tudo "ante", quase um "anti alguma coisa". Uma verdadeira merda eu diria.
Não sei, não sei, não sei. Não sei mais o que escrever, talvez não queira mais pensar, sei lá se é normal, Acho que não sei o que está acontecendo... Olha ai, eu confusa de novo, e sozinha, eu e eu.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Quase nada ou quase tudo

A minha vontade mesmo é de escrever muitas e muitas linhas, sem parar, afundando os dedos no teclado, eu quero isso, minha mente não deixa, ou seilá o que me impede. Queria escrever sobre você, porque agora acabei de ter uma surpresa; lembrei de você... Mas preferia não ter o feito!

É estranho, muito estranho. Fazia muito tempo que eu não pensava e nem queria pensar em você (acho). Mas sempre tem alguma coisa que me leva a cometer esse crime. Crime? Sim, para mim é um crime pensar em você, minha mente deveria ser presa por isso.
Impressionante como nós nunca nos conformamos com o fim de alguma coisa, com a partida de alguém, com um vazio... Ficamos escondidos, fingindo que está tudo bem, sorrindo, disfarçando o que ninguém pode perceber, e ai quando nos damos conta a gente não aguenta a pancada, a pancada que nós mesmos nos damos, nós próprios nos apunhalamos pelas costas. Puta traição!
Mas ai você respira fundo, apaga por um tempo de tudo que você lembrou e começa tudo de novo. É um ciclo, um ciclo que não acaba e cabe a você o fechar.
Acho que isso será uma coisa da qual nunca ninguém irá amadurecer, uma feridinha que nunca irá sarar, lembranças das quais jamais serão apagadas.

Queria escrever muito mais, botar para fora tudo que esta aqui, se esmagando, fazendo farra dentro de mim. Mas alguma coisa me impede...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Pseudônimo

Existia um garoto, quieto e pensativo em seu quarto. Ele pensava em tantas coisas que não estava mais nem conseguindo organizá-las em sua cabeça. A única coisa que ele sabia é que ele precisava começar a organizar tudo e tomar suas decisões. Andando de um lado para o outro, se esticando na cama e se perdendo na  fantasia olhando para o teto do quarto, se encarando em frente ao espelho e se perguntando: Porra, e agora?!.
E tudo isso acaba se tornando seu cotidiano... Pensar, pensar e pensar. Ás vezes ele até fica com medo, das escolhas que ele tem que tomar e suas consequências. Ele queria que a primeira coisa que ele viesse a pensar fosse aquilo e pronto, mais ninguem opinaria e nem ele mudaria de ideia, pois todas as decisões que tomamos, apenas pensando pelo lado da emoção, do tesão, sem nenhuma racionalidade e muito menos razão, são as melhores; e depois que paramos e pensamos bem naquilo, começamos a perceber o tanto de consequências ruins que podem nos causar.
" Droga! Poderia ser tudo mais fácil, seilá, menos confusão, menos sofrimento, mais certeza, menos medo. Merda!". Pensava o garoto, sempre antes de dormir. Mas ele sabia que nada daquilo que ele pensava e queria iria se tornar realidade... pelo menos não tudo.
Tava na hora já, na hora de se desprender de coisas que ao longo da vida ele havia construído e ir para uma vida nova (talvez), ele queria e não queria, queria e não queria, queria e não queria... Merda! E agora? Eu quero ou não quero? Como é difícil tomar decisões, ainda mais quando elas estão ai, para realmente serem tomadas de uma forma rápida e coerente.
Mas ai o menino vira para o lado da janela, do lado da sua cama, olha para o céu, admira as estrelas e pensa: " Amanhã é um novo dia, e vai ser melhor, e tudo vai ficar bem..."